O Correio de Hipácia
Esta página destina-se à publicação de respostas a questões colocadas por mulheres. Ficarão excluídas, à partida, temas como moda, cozinha, compras, publicidade e outras afins.
O âmbito é o da alma, da transformação pessoal, da auto-descoberta, aplicado naturalmente aos problemas específicos de cada uma.
A fim de permitir manter a privacidade, são convidadas a enviar as vossas questões, sob pseudónimo, utilizando o formulário.
Pseu Dónimo
“Na realidade não tenho qualquer pergunta até porque está tanto calor que as dúvidas evaporam-se, só me lembro de sombra e brisa fresca, mas isso ....
Caramba, não consigo deixar esta caixa assim vazia, à espera de ser útil e de poder cumprir a sua missão, portanto lá vai:
Não se preocupem muito porque afinal... Tal dia, fez 30 anos! Como dizia sabiamente a minha Avó Isabel”
Agnes Badaboom
“Queridas, que delícia vos ler.
Que faço eu com a mulher dividida dentro de mim?
A que quer ser boa e a que se deseja revoltar? A que passaria a ferro de forma cuidadosa a roupa da família e a que faria uma fogueira com ela?”
Antiga
"Sou cientista, viúva, casada duas vezes. Divorciei-me do primeiro marido por incompatibilidades intelectuais e desacordo em relação à educação dos filhos. Hoje, com 54 anos e um ano e meio após a morte do meu segundo marido com quem tive uma relação bastante feliz, vejo-me confrontada com uma questão que não sei resolver: sinto uma atracção irresistível por uma amiga de longa data, a ponto de desejar viver com ela. Sinto-me incapaz de enfrentar os meus filhos, a família e a comunidade a que pertenço.
Não sei bem o que pensar do que sinto, embora seja muito forte, chego a pensar se não será um truque da minha mente cansada."
Filha Rejeitada
"Os meus pais divorciaram-se quando eu era pequena. Vivi sempre com a minha mãe, de quem gosto muito e senti o mesmo da parte dela até à minha adolescência, altura em que ela mudou e passou a tratar-me mal e a descarregar em mim todas as suas frustrações. Talvez ela não me tenha perdoado por eu nunca ter rejeitado o meu pai...
Passei coisas indescritíveis com a minha mãe que não perde uma oportunidade para me humilhar (tenho hoje 54 anos, sou enfermeira de profissão e mãe, divorciada também) e, por uma questão de respeito por mim própria, tive de cortar relações com ela. Só os meus filhos a contactam.
Estou mais tranquila assim mas, quando penso que ela, com mais de 80 anos, morrerá em breve, sinto uma leve inquietação.
Será que fiz bem?"
Rosa Esquecida
"Tenho trinta e dois anos, sou feia e um pouco gorda, não consegui até hoje arranjar um namorado.
Sinto-me desanimada, muitas vezes sem forças para seguir com a minha vida em frente. Será que posso fazer alguma coisa para mudar isto?"