#5 Percursos No Reino da Consciência

 

A partir do muito relevante e sempre questionado tema central da consciência, Mário Pinto Simões e Sandra Gonçalves debatem nesta conversa percursos vários já realizados neste importante e misterioso reino, tão ainda por desbravar.

O convidado partilha connosco as suas aprendizagens, enquanto indivíduo, clínico, investigador e académico e reflecte também sobre a relação destes estados com a saúde mental, com a espiritualidade, e mesmo com a inteligência artificial. E na sua modesta conclusão de "pouco saber" transmite-nos o pilar essencial sobre o qual devemos assentar a nossa busca pessoal.

 

O Professor Doutor Mário Simões é psiquiatra e psicoterapeuta, Professor agregado jubilado de Psiquiatria e Ciências da Consciência da Faculdade de Medicina de Lisboa (FML), Director do LIMMIT - Laboratório de Interação Mente-Matéria com Intenção Terapêutica da FML e autor.

Poemas: IF e Consciência Plena

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“Sandra
Ando a ver os vídeos de vagar, quando tenho tempo.
Hoje consegui acabar de ver o do professor Mário Simões e adorei!
A sua abertura a outros paradigmas fora do Status Quo é absolutamente espantosa.
Provavelmente, só possível para alguém que tem a humildade de achar que sabe pouco e que está cá para servir um todo.
Um grande bem haja!

Eu não sou da área e muitas vezes, vou ser franca, não tenho muita paciência para grandes teorias, sobretudo sempre que sinto não haver em mim qualquer receptor sensível onde ecoem fazendo algum sentido profundo.

A identificação com o que se ouve ou o facto de vislumbrar algo que antevemos e faz sentido para abrir a consciência é sempre um prazer e prende.
Fiquei por isso atenta.
Embora tenha gostado de todos os temas abordados, destaco apenas um por agora, ao qual cheguei por outra via.
Ultimamente também tenho posto em causa a ciência como única forma de atingir o conhecimento.
As evidências têm dado a conhecer falhas gigantescas.
Basicamente a ciência está a ser base para todo o tipo de destruição do planeta devido às suas imperfeições e de ter ocupado, mesmo assim, um lugar quase divino de dogma intocável.
Esta divinização tem vindo a torná-la um alvo do mercado em nosso desfavor.
Vou dar alguns exemplos.
A justificação para o abuso de olival superintensivo tem bases científicas.
A fertirrigação pretende dar as plantas exactamente o que necessitam em nutrientes, etc. Tudo baseado em estudos científicos.
Só que a excessiva especialização a que estes estudos conduzem (é praticamente impossível estudar todos os factores que influem em simultâneo no crescimento de uma planta) acaba por ser redutora.
Os efeitos estão à vista.
Degradação ambiental e social.
Vou descrever um pormenor paradigmático. Tive gente das grandes empresas dos olivais que pediram para cortarmos as nossas árvores das estradas porque o técnico agrário disse que poderiam transmitir doenças por não serem tratadas.
Se este técnico tivesse uma visão mais abrangente que não se ficasse pelo o seu domínio do conhecimento e lhe permitisse até antever o que não sabe, perceberia outras interações, por exemplo benefícios das consorciações de plantas, que ainda não está totalmente estudado cientificamente.
Quando referi o mercado é porque ele próprio capta os seus " cientistas" para defender o indefensável. Caso da indústria do tabaco em meados do século passado...

Continuem, força para o vosso projecto, é sempre um prazer!”

Cassandra Querido

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